Crescente demanda por imóveis residenciais, menores índices de desemprego na história do País, déficit habitacional elevado e aumento de renda. Esses fatores têm feito com que o mercado imobiliário venha apresentando resultados altamente satisfatórios nos últimos anos. Além disso, também são, segundo agentes do setor, cenários favoráveis para que o governo pense seriamente na necessidade de se desenvolver novas fontes de financiamento ao setor.
Em recente reunião promovida pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), representante da Caixa Econômica Federal defendeu que o desafio mais importante do governo é assegurar recursos de forma mais inteligente conforme o mercado vem demandando. Nesse sentido, a caderneta de poupança deve se manter como a principal fonte de financiamento à compra de imóveis, se distanciando dos temores de que seus recursos se esgotariam no curto prazo.
Já os agentes do setor acreditam que, embora a poupança seja perene e não vá se esgotar é necessário se imaginar que o ritmo de contratações se mantenha como o atual, esse não será suficiente. Novas fontes, além de garantir mais recursos à indústria, são necessárias para diversificar as opções de investimentos.
Dentre as alternativas, os fundos imobiliários, embora ainda recentes, são apontados como um dos instrumentos com maior potencial de crescimento. A securitização de recebíveis e os “covered bonds”, tradicionalmente usados na Europa, que funcionam como uma espécie de Letra de Crédito Imobiliário emitida por bancos, também poderiam ser usadas como formas de financiamento.