Há não muito tempo o mercado imobiliário só tinha olhos para um tipo de comprador: aquele que girava entre 21 e 35 anos, com algumas exceções para um público com até 55 anos, que estivesse na ativa. Hoje, a coisa está bem diferente e o setor já começa a analisar o público mais idoso, com mais de 55 anos.

O desenvolvimento econômico pelo qual o Brasil passa e as novas características do País, apontadas pelo último Censo, que apontam para o envelhecimento da população – o que coloca o Brasil em patamares de países desenvolvidos – já mudam a forma que diversos setores veem esse segmento. E o mercado imobiliário não é diferente disso.

Outro ponto que o Censo apontou é que, hoje, os mais velhos já conseguem criar uma poupança para sua aposentaria, em razão de renda cada vez maior dos que estão em atividade. Isso faz com aconteçam mudanças de pensamento nas pessoas, como começar a investir em uma previdência privada ou em um novo imóvel.

O que essa parcela de compradores tem procurado é trocar casas grandes por unidades menores, geralmente apartamentos. Isso acontece em razão da busca de facilidades de muitos idosos, que já não têm saúde e tempo para cuidar de imóveis espaçosos. Por exemplo, só o casal em casa não vai querer ter gastos extras ou se preocupar com limpeza, custos e manutenção.

De acordo com dados do IBGE, em 2000, os idosos em todo o Brasil somavam 14,5 milhões e, em 2010, chegaram a 20,5 milhões, com representação de 10,8% da população. Esse público procura um imóvel não muito grande, bem localizado, com excelente infraestrutura e geralmente paga a vista, não entra em financiamentos. O mercado já vê esse público como um nicho importante.