Mercado imobiliário
27.jan.2014
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Mercado imobiliário: Estamos seguros contra a bolha?

Apesar de previsões contrárias, muitos especialistas acreditam que o Brasil não corre os mesmos riscos que, por exemplo, os EUA, que sofre uma crise no mercado imobiliário

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Vale destacar que o texto a seguir é uma opinião dos editores dos Portais do Grupo SP Imóvel. Até tem embasamento em pesquisas e opiniões de especialistas - em sua maioria estrangeiros -, mas são dados colhidos principalmente no mercado. Conversas com corretores, representantes e textos neste espaço confirmam o que defendemos: o Brasil não corre riscos de ter a formação de uma bolha imobiliária, pelo menos nos mesmos moldes que nos EUA.

Até podemos e corremos, sim, um risco de bolha, mas nosso risco é diferente, por assim dizer. Naquele país, toda a crise teve origem no subprime - crédito podre, que não existe no Brasil em razão das proteções que temos aqui e o medo de novas manobras econômicas, como no passado. Esse tipo de crédito, concedido até a quem não tem condições de arcar com novas despesas, fez com que o mercado passasse por um problema sem igual nos EUA - com reflexos em quase todo o mundo.

No Brasil, o grande risco pode estar na aposta dos empreendedores de que o mercado está bom e, por isso, lançam muito - até mais do que a demanda suportaria. Mas, mesmo isso não chega a ser um grande problema insolúvel. Quando o mercado percebe que há estoque e não há demanda, segura os lançamentos. Foi por isso, que passamos por dois anos com crescimento menor, quase que dependendo da venda de lançamentos remanescentes. Ou seja, não houve evolução nos lançamentos, mas crescimento, sim, no total de vendas. Mesmo que não nas mesmas proporções do início dos anos 2000 - ou mesmo que na década de 1980, época de índices históricos para o segmento, mas muito ligados ao Banco Nacional da Habitação (BNH).

Quando entrou o Sistema Financeiro da Habitação (SFH), houve um período de adaptação, de entendimento às novas regras, o que coincidiu com a inflação galopante. De certa forma, isso deixou os consumidores calejados e prontos para mudanças bruscas, surpresas da economia etc.

Voltando aos dias atuais, a bolha é, sim, um risco, mas muito mais pelos valores altos que o mercado começa a apresentar, até mesmo muito descompassado, nada colado à realidade de nossa economia. Os valores de imóveis estão altos e isso pode ser um grande problema em futuro próximo, mas não há risco de crise. Esse pode ser um grande problema, mas não um início de crise. O consumidor - sempre ele -, calejado com os percalços da economia, pode mudar isso. Os empreendedores, que não querem perder esse comprador, também não vão fazer loucuras, tentando ganhar dinheiro no momento, sem pensar no futuro.

Enfim, pode até haver bolha, mas não com a mesma intensidade que nos EUA.


Fonte:
ZL Imóvel
O Portal de Imóvel da Zona Leste de São Paulo
www.zlimovel.com.br/
Equipe de Jornalismo
Grupo de Portais Imobiliários
SP Imóvel