Mercado imobiliário - Construção pessimista

De acordo com a Sondagem Nacional da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os empresários que atuam no segmento de construção civil não estão muito otimistas com o cenário futuro do mercado. Segundo dados da pesquisa realizada em âmbito nacional, não há vislumbre de reação positiva nas expectativas dos agentes desde maio de 2012. Para deixar o panorama ainda mais negativo, em novembro o indicador foi inferior em 2,3% em relação ao mês de outubro, que já apresentou declínio.

O estudo mostrou que o setor, por ter grande dependência do movimento de incorporação de edifícios – que nos últimos meses sofreu com a desaceleração do ritmo de crescimento da economia – viu os riscos de novos lançamentos serem elevados.

Há muitos fatores envolvidos para que se veja a recuperação efetiva. Começa com a melhoria nos índices de emprego e de consumo em longo prazo, para compensar o também longo ciclo de construção. Com isso, as empresas podem evitar dificuldades nos próximos meses, como atrasos e alta de custos.

Esse cenário tem feito com que as empresas priorizem a conclusão das obras em andamento, com a entrega de unidades, bem como a venda de estoques remanescentes antes de se planejar novos empreendimentos. Isso fará com que se tenha caixa para futuros lançamentos.

Outra dificuldade com que o setor tem de conviver é alta dos preços de terrenos nos grandes centros, bem como o aumento no custo da mão de obra e dos insumos. Um reflexo negativo percebido é que atualmente a construção civil não tem contratado como nos anos de 2010 e 2011, que tiveram melhores resultados.

O que se tem visto – e que estamos alertando neste espaço há meses – é que o preço do metro quadrado, principalmente nos grandes centros, tem subido constantemente. Isso faz com que compradores de classe média alta sejam mais cautelosos e adiem a decisão de compra. Já nas menores rendas, a dificuldade maior está em encontrar uma unidade com valor mais dentro de suas realidades e em boa localização.