Mercado imobiliário
16.set.2012
Tamanho da Fonte: A- | A | A+

Mercado imobiliário - Bolha, não. Ressaca

Algumas grandes construtoras registram queda nos lucros nos primeiros meses deste ano. Empresas acreditam em readequação, mas não em uma bolha no setor

Logo Copiar Blog Notícia

Depois de uma grande celebração, vem sempre a ressaca. É assim que o mercado imobiliário analisa o momento em que vive. Depois de excelentes resultados nos últimos anos era de esperar uma espécie de adequação do segmento, com queda nos lucros em quase toso so nichos e, até resultados negativos comprados com iguais períodos de anos anteriores. O primeiro trimestre deste ano mostrou bem isso para muitas construtoras.

Mesmo com números ruins, as empresas não acreditam em uma bolha no setor – como ocorreu nos EUA há menos de dois ou três anos. O que se vê por aqui, na opinião dos agentes, é uma ressaca. E que logo passará, como qualquer ressaca.

Depois do de vendas de anos anteriores, que até acarretaram em problemas como excessos em orçamentos de obras e atraso na entrega dos imóveis, era natural que o mercado estivesse menos aquecido. Houve grande procura por unidades de todos os nichos, os números de vendas registravam recordes mês após mês. Mas o setor sabia que isso não seria para sempre. A tendência seria o freio por parte do comprador. Era natural que o comprador, ciente de seu poder e com muita oferta, segurasse seu ímpeto na hora de comprar. E, claro, que as empresas lançassem menos.

As maiores construtoras do País tiveram prejuízo ou reviram suas metas de lançamentos, segurando projetos já aprovados para serem lançados em melhor momento. Mas nunca parar de lançar. Com menos lançamentos, o que se viu nesse primeiro semestre de 2012 foi um foco maior no trabalho com estoque remanescente. Empreendimentos prontos ou em construção foram “mais trabalhados” pelas empresas e imobiliárias, pois com eles a demanda que se tinha poderia perfeitamente ser atendida. Se o comprador procura menos e se tem produto para atendê-lo é perfeitamente possível segurar um pouco mais novos projetos.

Outro nicho que cresceu de alguns anos para cá, foi o de imóveis de terceiros. Depois de ter passado por grande retração, com queda de preços e aumento de estoque parado nas imobiliárias, esse mercado encontrou um caminho interessante. Ser opção de quem procurar imóveis melhores na hora da troca ou primeira compra, com preços mais acessíveis, foi um filão sempre importante para esse segmento. Isso voltou a ser percebido entre 2011 e 2012. Ou seja, o mercado sabe se adequar ao cenário.

Dessa forma, com lucro menor em razão de menos lançamentos, é possível regular o setor, pois ainda há unidades para atender o comprador, que também vive essa espécie de ressaca. O mercado brasileiro já mostrou em períodos passados que pode, sim, passar por uma ressaca, sem medo de uma dor de cabeça. O setor aprendeu a viver momentos de adversidades e, mesmo assim, sobreviver para viver períodos melhores mais à frente. Enfim, não é uma bolha que se vê, mas um cenário de readequação da oferta.

Fonte:
SP Imóvel
O Portal de Imóvel em São Paulo de São Paulo
www.spimovel.com.br/
Equipe de Jornalismo
Grupo de Portais Imobiliários
SP Imóvel

Localizar Notícias

Imagem Localizar Notícias do Blog