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07.jul.2014
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Itaim Paulista, entre valorização e desapropriação

Construção de novos corredores de ônibus mostra os dois lados da mesma moeda, o da desocupação a preço de mercado e a valorização de imóveis em seu entorno

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Itaim-PaulistaOs mais velhos devem se lembrar de uma novela que passou na década de 1970 chamada O Espigão. O seu enredo mostrava como a construção de um grande empreendimento poderia mexer com a vida de muitas pessoas. Um empresário tentava convencer uma família a vender seu imóvel para a construção de um hotel.


Na ficção, esse tipo de empreendimento sempre esteve associado à especulação. Na vida real, é mais comum do que se pensa. Imóveis antigos dão lugar a novos prédios. Casas são adquiridas pelo Poder Público para a construção de linhas de metrô e ruas são alargadas para a melhoria do transporte público.


Esse último dilema vive atualmente o Itaim Paulista. A Prefeitura projeta a construção de dois novos corredores de ônibus, o Itaim/Celso Garcia, que ocupará a av. Marechal Tito, coração comercial do bairro; e o  Itaim/São Mateus, que percorrerá a Avenida Dom João Nery. Eles ainda estão no papel, mas já causam certa confusão.


O objetivo é a melhoria na mobilidade urbana e a diminuição das distâncias com o ganho de tempo no transporte público. Mas esse tipo de intervenção é uma moeda de duas faces: a negativa e a positiva.


A negativa vem da necessidade de desapropriação de imóveis residenciais e comerciais ao longo dessas avenidas para o alargamento inevitável das vias para a intervenção. Há a possibilidade de desapropriação de imóveis, que nunca são pagos de acordo com o mercado - ou mesmo são despejados.


Já no lado positivo dos alargamentos e das novas vias está a valorização dos imóveis remanescentes nas avenidas e, em efeito dominó, daqueles que ficam mais próximos desses endereços.


O projeto foi aprovado na Câmara de Vereadores em primeira instância, mas ainda deve ser votado novamente e passar pela sanção do prefeito. De qualquer forma, a SPtrans, que será responsável pelas obras, garante que todo o traçado deverá contar com custos com desapropriações, preservação de patrimônios, unidades de saúde, escolas, creches, praças, parques e áreas de habitação de interesse social. Ou seja, essa mudança ainda terá de ser muito bem debatida.




Fonte:
ZL Imóvel
O Portal de Imóvel da Zona Leste de São Paulo
www.zlimovel.com.br/
Equipe de Jornalismo
Grupo de Portais Imobiliários
SP Imóvel
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