Definitivamente, o mercado deve buscar alternativas e elas podem vir de regiões mais pobres da cidade, como
São Miguel e
Itaim Paulista, nos extremos da Capital pela
zona leste. Os bairros, ano a ano, que despertam interesse, têm o metro quadrado mais barato que bairros mais centrais e uma demanda reprimida que pouco se vê em diversos pontos da cidade, mesmo em outras regiões.
Esses bairros começam a mostrar que podem ser polos de interesse. Até mesmo a Prefeitura e o Estado mostram isso. Juntos, esses bairros devem receber mais de R$ 155 milhões em obras ano que vem. Estão nos projetos públicos, à construção de unidades de saúde, escolas, linhas de metrô, CPTM e infraestrutura geral. Além disso, a proximidade com outras cidades e vias de acesso, como as rodovias Dutra e Ayrton Senna, faz com que o interesse aumente ainda mais.
Uma tendência que se vê nos últimos anos é a necessidade cada vez menor de seus moradores fazerem desses bairros exclusivamente dormitórios. A instalação de empresas - ainda que menor do que a necessidade - tem criado empregos. O comércio e os serviços na região cresceram, o que faz com que o deslocamento, por exemplo, para a ida a um hipermercado seja desnecessário.
Esse fenômeno tem feito com que o dinheiro fique na região. Reflexo disso: mais lançamentos de casas e sobrados e, até, de apartamentos - ainda de baixa renda. Como está bem abaixo de bairros como
Itaquera e
Penha (vizinhos mais próximos), há uma tendência de crescimento nos lançamentos de novos empreendimentos. Além disso, há demanda, mas falta oferta. Cenário propício. Ou seja, de olho em São Miguel e Itaim, que eles prometem a virada nos próximos meses.
Crédito da Foto: Vila Esperança por Raphael Igor, via Wikimedia Commons
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