Fundado há 385 anos, sua primeira denominação foi Aldeia de Ururaí, palavra usada por índios guaianases em referência ao Rio Tietê. Naquelas terras, em 1560, o Padre Anchieta reencontrou um grupo de guaianases que havia abandonado as imediações do colégio jesuíta de São Paulo.
Uma capelinha foi erguida para marcar a presença cristã na aldeia e dar seqüência à catequização dos índios. A construção levou o nome do arcanjo de devoção de Anchieta. Era o início da história de São Miguel Paulista. Ela é a única construção na cidade de São Paulo que, depois da reforma que sofreu no século XVII, conserva-se totalmente original, com paredes em taipa de pilão.
Em 1622, a pequena igreja foi substituída pela Capela, tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional no ano de 1938. Graças à iniciativa da Associação Cultural Beato José de Anchieta, a construção passa por nova restauração, que inclui a recuperação do piso original, das imagens religiosas e da estrutura.
Outra referência na região é a fábrica da Companhia Nitro Química Brasileira, a primeira do mercado nacional de Nitrocelulose, seu principal produto. Implantada em 1935 na avenida Dr. José Artur Nova, a Nitro Química teve papel de destaque no desenvolvimento de São Miguel. Em 70 anos, empregou milhares de trabalhadores e, juntamente com as olarias e fábricas de cerâmicas, contribuiu para o crescimento do bairro na primeira metade do século XX, atraindo centenas de pessoas à procura de emprego. A Nitro é ainda um dos estabelecimentos de São Miguel que mais oferecem vagas de trabalho: com 401 funcionários, é responsável por quase 18% dos postos da indústria local.
São Miguel é mais do que um bairro: é uma das 31 regiões político-administrativas da cidade. Dividida em três distritos - São Miguel, Jardim Helena e Vila Jacuí -, possui 24,3 km² de território e quase 400 mil habitantes. O Jardim Helena é o distrito com maior índice de exclusão social e com menos equipamentos públicos de saúde e educação.
São Miguel conta com uma rede de serviços públicos e privados considerável, com escolas, hospitais, comércio e indústrias variadas. Atualmente o mercado imobiliário tem percebido grande potencial para lançamento de média e, até, alto padrões.
Conhecendo o bairro
A região mais central e São Miguel- aliás, de onde o bairro nasceu – é a Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, ou Praça do Forró. É lá que está a pequena catedral que deu origem ao bairro e onde está localizada a catedral. Ponto de passagem obrigatório para quem quer sair das regiões mais distantes e chegar ao Centro. Mas quem foi o padre Aleixo? Aleixo Monteiro Mafra nasceu na cidade de Guaratinguetá, em 11 de fevereiro de 1901. Cursou o Seminário de Taubaté formando-se em 22 de julho de 1924. Após a ordenação, foi nomeado coadjutor da Paróquia de Pindamonhangaba e depois da de São José dos Campos. Mais tarde foi nomeado vigário da cidade de Areais e, posteriormente, removido para Santa Branca, onde tomou posse no dia 22 de julho de 1931. Em março de 1941 ingressou em São Miguel Paulista, empregando o restante da sua vida em prol da comunidade, que viu crescer à sombra da Capela de São Miguel, da qual era o seu cuidadoso zelador, mantendo-a sempre em ótimas condições, por se tratar de um templo histórico. Fortaleceu com a sua palavra e exemplos o ânimo dos católicos praticantes, conquistando e atraindo para o rebanho novas ovelhas. Orador fluente, os seus sermões deram-lhe notável fama, impondo-lhe o sacrifício de ir freqüentemente às paróquias vizinhas, onde o verbo inflamado era ouvido com atenção e com prazer por milhares de fiéis. Após 23 anos de duro trabalho, na paróquia de São Miguel Paulista, onde criou várias capelas e organizou inúmeras Missões, teve de deixar o cargo, com a saúde bastante abalada. Completou 66 anos de vida e 43 de sacerdócio. Faleceu em 11 de fevereiro de 1967.
Fontes: site da Prefeitura de São Paulo e Wikipedia
Elaborado por: Marco Barone (barone.noticias@spimovel.com.br)